O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma desordem metabólica que pode levar a uma série de complicações a curto e longo prazo para a mãe e seus descendentes. Uma das formas de diagnóstico do DMG é o teste de tolerância oral à glicose (TTOG). Apesar de diversos estudos indicarem um risco aumentado para o desenvolvimento de DM2 e, também, para recorrência de DMG em gestações subsequentes, gestantes diagnosticadas com DMG geralmente não passam por um acompanhamento da glicemia no período pós-parto. Para melhor compreensão dos mecanismos fisiopatológicos pelos quais o DMG afeta o organismo materno, diversos modelos experimentais foram desenvolvidos. Relatos na literatura sobre como a glicemia materna evolui no período pós-parto são escassos. Desse modo, o objetivo do estudo cujo os dados estão apresentados foi avaliar a tolerância à glicose durante o período de lactação e pós-desmame no modelo experimental de diabete gestacional. Para tal, foi utilizado um modelo de hiperglicemia moderada através da administração de streptozotocina (STZ- 35mg/kg). Parte das ratas receberam injeção i.p. de STZ diluído em tampão citrato no dia 7 de prenhez (STZ, n=15), enquanto as demais fêmeas receberam somente tampão (Controle, n=9). O TTOG foi realizado durante a prenhez para validar o modelo experimental de diabete gestacional e em seguida foi repetido na lactação e pós-desmame para avaliar o metabolismo da glicose nesses diferentes períodos. Nossa hipótese é que no período pós-natal ocorra uma mudança no perfil glicêmico das mães quando comparado ao quadro de intolerância à glicose estabelecido na prenhez.

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